segunda-feira, setembro 07, 2009

OPERÁRIO

WORKING CLASS HERO
John Lennon

As soon as your born they make you feel small,
By giving you no time instead of it all,
Till the pain is so big you feel nothing at all,

A working class hero is something to be.
A working class hero is something to be.

They hurt you at home and they hit you at school,
They hate you if you're clever and they despise a fool,
Till you're so fucking crazy you can't follow their rules,

A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.

When they've tortured and scared you for twenty odd years,
Then they expect you to pick a career,
When you can't really function you're so full of fear,

A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.

Keep you doped with religion and sex and TV,
And you think you're so clever and classless and free,
But you're still fucking peasents as far as I can see,

A working class hero is something to be,
A working class hero is something to be.

There's room at the top they are telling you still,
But first you must learn how to smile as you kill,
If you want to be like the folks on the hill,

A working class hero is something to be.
A working class hero is something to be.
If you want to be a hero well just follow me,
If you want to be a hero well just follow me.

Working class hero saiu no disco de John Lennon e a Plastic Ono Band, em 1971.
O fucking da letra causou polêmica. A EMI-Odeon entrou em acordo com Lennon e permitiu que ele cantasse que o operário estava fodido, mesmo, mas, no encarte, o palavrão foi limado e saiu o velho asterisco (f***), ícone da hipocrisia gráfica. Os mais antigos se lembram da entrevista de Leila Diniz ao Pasquim, na década de 60. Ali o asterisco teve seu momento de glória.
De passagem, vi trecho do programa “O assunto é música”, do Multishow. O tema era John Lennon e comentava-se a atitude da gravadora, na época. O tom era de desaprovação à censura. Há, então, um corte para Lennon cantando WCH. As legendas apresentam a letra para os monoglotas e quem aparece, faceiro, é o ancião asterisco. Fodido ainda choca em 2009.
Meu relacionamento com palavrões sempre foi pacífico. Falo muitos deles. E escrevo-os, também. Tive uma tia que os falava com elegância. Conheço gente que me causa repugnância ao mencionar um singelo merda.
Não chego na casa de ninguém falando palavrões. Não posso exigir que outros tenham alcançado o nível evolutivo a que cheguei. Guardo os bons palavrões para usar entre amigos ou com gente não melindrosa. Ah, que horror guardo de melindrosos!
Em textos que escrevo, uso-os quando acho necessário. E quando não acho, também.

Nenhum comentário: