terça-feira, outubro 11, 2005

Beleza eterna - Ava Gardner

A fila

Primeiramente, uma explicação para quem não é carioca ou, sendo, possui automóvel e não precisa se misturar com a ralé.
No Rio, há algum tempo, o idoso tinha reservado para ele alguns lugares nos ônibus, antes da roleta. Cada ônibus levava 5 vovôs, no máximo.
Com o advento do cartão magnético, os da feliz idade sentam-se junto com os outros passageiros. Tudo isso para explicar a confusão que vi ontem.


– Esses velhos são muito folgados. Por que não entram na fila, como todo mundo?
– Nós temos precedência, minha filha. A lei nos garante isso.
– A lei garante que a senhora viaje de graça e não furando fila.
– Menina, eu tenho 75 anos. Me respeite.
– A senhora não se dá ao respeito. Entra no final da fila. Eu estou contando. Enquanto o ônibus não vem, a senhora é a sétima velha que entra na minha frente. É muita malandragem.
– Malandragem... Trabalhei minha vida inteira para ouvir uma desocupada me chamar de malandra. Daqui a pouco vou ser agredida por fazer valer meus direitos.
– Vovó, o que o resto da fila vai fazer eu não sei, mas a senhora, na minha frente, não entra.
E não entrou mesmo.

Oi e Telemar: é fácir odiar.

Oi não é celular, eles mesmos dizem. O que será, então?
Depois de 25 dias, consegui passar o meu telemóvel pós-pago para pré-pago.
Imagino que esta seja uma operação de grande complexidade, por isso agradeço aqui neste concorrido espaço aos operosos funcionários da Oi que, junto comigo (afinal foram 23h27min de ligações), lograram êxito na árdua empreitada.
Grato: Luciana, Miro, Vânia, Luci, Mila, Antonio, Graça, Ana, Rafael, Jurandir, Carla, Otávio, Elcio, Mara, Denise e Otto. Não publico os respectivos números de ocorrência por julgar desnecessário, mas, creiam, vocês estarão para sempre em meu coração.
Sim, tenho de dizer que o telemóvel está funcionando direitinho.