quarta-feira, março 29, 2006

O bicho da cara preta ataca novamente

Hermético Pascoal, 69 anos, se apaixonou por uma jovem de 26.
Daí pra cá anda fazendo mais asnices do que costumava fazer.
Ele não tem culpa.
O bicho da cara preta quando ataca costuma ser implacável.
Aproveite Hermético.
Sua música pitoresca não fará falta.

Coisa bonita de se ver - BEYONCÉ



Se fosse ela a dançar na Câmara, quem reclamaria?

CLIENTE CACHORRO

A nova coqueluche da “literatura” corporativa é Cliente cachorro.
Os autores, Daniel O’Shelly e Mary Severin preconizam que cliente precisa ser tratado como cachorro. “Tratado assim”, declara Severin, “num primeiro momento ele reage até com alguma agressividade, depois volta com o rabo entre as pernas”. O’Shelly completa o pensamento de Severin: “Normalmente, o cliente nem reage. Ele gosta de ser tratado como cachorro”.
Grandes empresas no Brasil compraram o livro e distribuíram entre os funcionários que lidam diretamente com o público. A OI, o jornal Estado de S. Paulo, a TVA e a Embratel são algumas das empresas que estão adotando o livro com sucesso retumbante.
“Um cliente telefonou reclamando do nosso telefone, o Livre. Não esperei nem que ele terminasse de falar e disse que se ele não estivesse satisfeito com nosso serviço que procurasse outra operadora. Ele até me pediu desculpas”, contou uma feliz funcionária da Embratel e leitora entusiasmada de Cliente cachorro.
Sebastião Civitta informou-nos que a adoção dos princípios de Cliente cachorro talvez seja a salvação da TVA, que chafurda no buraco há muito tempo. “Estamos pensando, inclusive em mudar a forma de nossas funcionárias atenderem o telefone. Em vez de ‘TVA, fulana de tal, em que podemos ajudar?” usaríamos ‘O que você quer, porra’”.

Elefoa bailarina

A elefoa bailarina declarou que se fosse bonita e gostosa a reação da imprensa teria sido outra.
Tem razão.
A imprensa reagiria de outra forma e ainda pediria pra ela tirar a roupa.
Seria pelo menos um espetáculo bonito de se ver.

Danço, mesmo sendo gordo

Fiquei comovido ao ler na Folha de S.Paulo que a FNAC está preocupadíssima em baratear o preço dos livros. "Preocupamo-nos em tornar os livros acessíveis ao povo brasileiro", declarou um diretor do shopping de livros, cds e assemelhados.
É por essas e outras que eu danço.

Pragmática

- Dudu, estou grávida.
- E aí?
- Você é o pai.
- Cumé que vou saber?
- Só transei com você.
- Quem me garante?
- Eu.
- Não é suficiente.
- Podemos fazer exame de DNA.
- Não posso me casar agora.
- Casar com você? Tá louco. Nem foder você sabe. A gravidez foi um acidente. Não sei se tenho a criança ou se tiro. De qualquer jeito, vou precisar de dinheiro.

Este é um país que vai pra frente...

Vi foto na Folha de S.Paulo que me deprimiu.
Ando me deprimindo muito, será que depois de meio século de vida estou encontrando uma nova razão de viver?
Sem divagações.
Deprimiu-me ver brasileiros em pé, por horas (a legenda informou) aguardando o visto para Bushlândia.
A arrogância americana é insuperável.
O servilismo brasileiro, incomparável.

Da mesma substância

Às vezes me bate um grande desânimo.
Por querer preservar a saúde periclitante que tenho, não leio mais noticiário político.
Lula para mim foi uma decepção e ponto final.
Ele e Collor são feitos da mesma substância. Não são diferentes porque têm origens diferentes. Ambos são destituídos de caráter, mergulharam fundo na corrupção.
Um foi punido; o outro será nosso presidente por alguns anos.
Preciso me manter são e animado.
Não está fácil.