quinta-feira, junho 20, 2013

MARUJO



No Metrô, os peitos na cara do garoto. Hormônios em erupção, o moleque tentava desviar os olhos. Impossível. Os volumosos seios o encaravam, atrevidos. Por causa da situação, pensei no Marujo. Ri dele e do garoto. Eu e Marujo trabalhávamos juntos na década de 80 do século passado. Ele era a encrenca, ligadaço, quase sempre doido. Uma história contada por ele divertia a turma.
“Gordo, estava no frescão. A mina sentou do meu lado. Tinha outros lugares, gordo. Uma gracinha. Pensei, vou chegar nela. Pra não levar toco, ataquei por baixo. Dei um toque no pé dela com o meu. Ela ficou na dela. Pisei, então, com um pouco mais de força. Ela disfarçou e olhou pro outro lado. Cara, a barraca armou imediatamente. Pisei, de novo, no pezinho dela e forcei um pouco. O olhar dela cruzou com o meu. Resolvi partir pra cima, mas saquei que ela estava com uma Bíblia no colo. Recuei. Minha mãe é da Assembleia, gordo. Tenho o maior respeito. Mas, aí, qualé?, essa mina tá me dando mole. É uma fiteira. Puritaninha vagaba. Santinha devassa. Calquei meu pé no dela. Ela movimentou o corpo todo. Gordo, gordo... ela tava excitadona. Aí, mermão, subitamente, me veio a luz. Se ela mexeu o corpo todo, cumé que o pé dela, embaixo do meu, estava paradão? Olhei pra baixo e vi meu pé se roçando na base da poltrona. Gordo, já ia enfiar minha mão nas coxas da mina”.

Um comentário:

Belchior disse...

hahahahahhahahha.... essa história sempre, SEMPRE, me faz rir!!