sábado, dezembro 24, 2011

NOVOS TEMPOS

Ao ouvir mais uma vez o bom Femme fatale, de Britney Spears, lembrei-me de uma dupla que fez sucesso meteórico no final da década de 80 do século passado, o Milli Vanilli.
Eram dois negros pintosos, modelos, dançarinos razoáveis. Um produtor esperto tinha um bom grupo musical. O problema é que todos os integrantes eram feios. A grande ideia: o grupo toca e canta e os dois bonitões rebolam e fingem que cantam. Começaram na Europa, chegaram aos EUA e levaram um Grammy (depois tiveram de devolver).
A farsa foi logo descoberta. Muita gente sabia da falcatrua e os feiosos que cantavam acreditaram que poderiam fazer sucesso com as próprias caratonhas. Ninguém fez. Nem os bonitos que não cantavam nem os horrorosos que se achavam canários.
Britney Spears não é mais a delícia que foi. Cantar nunca cantou. Dançar? Mulher bonita se não for dessincronizada faz qualquer babaca babar (acho que se for também faz).
O tempo passou. Britney fez merda à vontade. Se vivesse no mundo em que vivemos estaria acabada. Mas não vive. A doida ainda gera muita grana. Suas tetas ainda produzem ótimo leite.
Ela é refém de programas de computador, que corrigem sua voz e imagem. Compare a Britney Spears das capas de CD com a de fotos feitas em shows (as duas fotos que estão aqui foram feitas na mesma época).
De Britney Spears o que a indústria fonográfica usa é a imagem da jovenzinha saborosa em uniforme escolar, a lembrança da menininha do Disney Club. Todo o resto quem faz são os feiões. Os feiões de hoje, no entanto, ganham tanto dinheiro que não se importam de não aparecer.
É dura a passagem do tempo e o que era ilícito deixa de ser. O Milli Vanilli começou a ser desmascarado quando, em um show, a fita cassete engasgou e se percebeu que durante as apresentações eles não cantavam. Britney Spears e muitos outros artistas usam playback descaradamente. Ninguém se importa.
Milly Vannily hoje se daria bem.







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