Ao
ouvir mais uma vez o bom Femme fatale, de Britney Spears, lembrei-me de uma
dupla que fez sucesso meteórico no final da década de 80 do
século passado, o Milli Vanilli.
Eram
dois negros pintosos, modelos, dançarinos razoáveis. Um produtor esperto tinha
um bom grupo musical. O problema é que todos os integrantes eram feios. A
grande ideia: o grupo toca e canta e os dois bonitões rebolam e fingem que cantam.
Começaram na Europa, chegaram aos EUA e levaram um Grammy (depois tiveram de devolver).
A
farsa foi logo descoberta. Muita gente sabia da falcatrua e os feiosos que
cantavam acreditaram que poderiam fazer sucesso com as próprias caratonhas.
Ninguém fez. Nem os bonitos que não cantavam nem os horrorosos que se achavam
canários.
Britney
Spears não é mais a delícia que foi. Cantar nunca cantou. Dançar? Mulher bonita
se não for dessincronizada faz qualquer babaca babar (acho que se for também
faz).
O
tempo passou. Britney fez merda à vontade. Se vivesse no mundo em que vivemos
estaria acabada. Mas não vive. A doida ainda gera muita grana. Suas tetas ainda
produzem ótimo leite.
Ela é refém de programas de computador, que corrigem sua voz e imagem. Compare a
Britney Spears das capas de CD com a de fotos feitas em shows (as duas fotos que estão aqui foram feitas na mesma época).
De
Britney Spears o que a indústria fonográfica usa é a imagem da jovenzinha
saborosa em uniforme escolar, a lembrança da menininha do Disney Club. Todo o
resto quem faz são os feiões. Os feiões de hoje, no entanto, ganham tanto
dinheiro que não se importam de não aparecer.
É
dura a passagem do tempo e o que era ilícito deixa de ser. O Milli Vanilli
começou a ser desmascarado quando, em um show, a fita cassete engasgou e se
percebeu que durante as apresentações eles não cantavam. Britney Spears e muitos
outros artistas usam playback descaradamente. Ninguém se importa.
Milly
Vannily hoje se daria bem.
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