- Brrpppbrrpppbrrpppbrrpppbrrpppbrrppp!!!
– Cara, ‘cê tá louco? Não faça isso.
– O quê? Tô fazendo o quê?
– Você está esfregando seus lábios no ventre nu
de sua filha e produzindo esses sons em que percebo alguma lascívia.
– Zeca, é um bebê. Minha filhinha. Ela adora.
– Cara, ‘cê pode ser acusado de estupro. Se
algum paranoico vir uma coisa dessas tu tá fu. Abuso sexual, sacumé. Pena dura.
Pedofilia.
– Deixe de ser exagerado.
- Quando você a pega no colo, suas mãos se
apoiam na bunda dela, reparou?
- Com vou levantá-la para assoprar a barriguinha
dela?
– Louco! Louco! Louco! Não toque nas partes
íntimas de sua filha? Cara, você vai ser enquadrado como tarado.
– Eu dou banho nela. Troco as fraldas. Limpo a
bundinha.
– Cara, procure ouvir o que você disse: “Limpo a
bundinha”. Quer dizer, passa essas mãos cúpidas, acostumadas às mais depravadas
libidinagens, nas inocentes nádegas da criança. Você vai puxar 15 anos.
– Eu e minha mulher trabalhamos. Dividimos as
tarefas do lar. Ela só aceitou casar se fizéssemos assim. Eu concordei.
– Isso pode pesar contra você. Dirão que tudo
foi premeditado. Saiu-se com essa de divisão de tarefas para assediar, sem despertar
desconfiança, a inocente.
– Caraio, o que faço?
– Sua sorte é que estou te alertando. Não toque
mais nessa criança. Nada de colinho. Boca na barriguinha. Cheirar os pezinhos,
podofilia, nem pensar. Deixe essa criança aí, do jeito que está. Espere sua
mulher chegar e acabe com esse negócio de divisão de tarefas.
– Vai dar divórcio.
– Melhor, pelo menos você fica em liberdade.
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