
Às vezes, passo por lá e vejo uma fila enorme de crianças esperando a vez para jogar amarelinha. A garotada comporta-se como se estivesse em um shopping, aguardando sua hora de brincar.
Estou velho, casmurro, mas não posso deixar de pensar no meu tempo de garoto. Desenhávamos no chão, com giz, nossa amarelinha. Fazíamos garrafão, caracol e qualquer outra coisa que fosse necessária para nos esbaldar.
Não sou saudosista, nem preso ao passado, mas acho que a garotada de hoje só leva vantagem em relação à que foi criança há uns 40 anos, na sacanagem.
Aí, tenho de admitir: éramos uns babacas.