quarta-feira, maio 27, 2009

EM BUSCA DA EXCELÊNCIA

A empresa em que trabalhei me demitiu. Sem problemas, é direito de toda empresa fazer o que bem entende com seus funcionários.
O escritório de contabilidade terceirizado pela empresa que me demitiu cometeu um erro no preenchimento de uma das guias do FGTS.
Três meses depois, estou encalacrado na burocracia da Caixa Econômica Federal, à míngua.
A empresa em que trabalhei por 10 anos, 20% do meu tempo de vida, enquanto busca a excelência, caga e anda solenemente.
O escritório que presta serviço à empresa de ungidos que me demitiu me evita como a um leproso bíblico. E eu caminho, celeremente, para o desespero.
Não sei exatamente o que farei. Se pudesse dar vazão a meus bestiais instintos, já teria feito algo. Apesar de tudo, essas situações são muito instrutivas. Descobrimos com quem podemos contar, os que nenhuma serventia têm se revelam e constatamos que a tal ética cristã anda no ralo.
Mas esses fatos também nos fazem perceber como o pobre está desamparado diante da lei. Em um caso como este que me aflige, a solução seria simples: a empresa que me demitiu deveria ser multada com rigor como castigo por contratar escritório de contabilidade incompetente; o escritório incompetente também levaria chumbo, simplesmente, por ser incompetente e eu receberia meu dinheiro, imediatamente, para poder esquecer toda essa corja.

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