sexta-feira, julho 06, 2007

Que sorte, Bush não nasceu em Inhaúma


Vi, há algumas semanas, Dixie Chicks: shut up and sing. A preguiça, que amo e odeio, me impediu de postar algo antes. O que vi foi um ótimo documentário de Bárbara Kopple.
Natalie Maines, voz principal das Dixie, no começo da guerra no Iraque, em concerto em Londres, disse se envergonhar de ter nascido no Texas de George Bush.
A turma da Bushland caiu de pau. Bush-filho, na ocasião, tinha grande apoio dos americanos. As moças, por isso, foram chamadas de antipatriotas, vadias, vendidas e outras coisinhas mais. Grupo country que vendia enormidade, as Dixie foram boicotadas nas rádios sertanejas de lá. O sertanejo é um forte, mas também costuma ser muito reacionário.
O documentário mostra as Dixie Chicks em plena crise. São acompanhadas na intimidade, em bastidores de shows, nos palcos.
A elaboração de Taking the long way, discaço que ganharia cinco Grammys, também é mostrada, mas, principalmente, Bárbara Kopple detém-se na perplexidade das Dixie. O grupo tinha um público fiel, vendia disco de montão e, de repente, uma declaração impulsiva levou-as a um turbilhão.
O tempo mostrou que Natalie Maines estava certa, mesmo que involuntariamente. Hoje, odiar George Bush é mania mundial. Ainda bem que ele não nasceu em Inhaúma.

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