domingo, junho 03, 2007

Sharapova, o dragão e 22 cabeças-de-bagre

Que celulite!
Tarde de domingo, chuva, frio...
Na ESPN Brasil, Maria Sharapova e um dragão duelavam.
Eu, magnetizado, procuro as celulites da deusa.
Jogo duro, quebra de serviço de um lado e de outro. Sharapova, linda, lutava, gemia, me enlouquecia.
O locutor da ESPN Brasil, a todo momento, anunciava que logo após o embate entre bela e mocréia seria transmitida a sensacional partida protagonizada pelos poderosos escretes de Peru e Equador, diretamente de Madri. Jogo que eu não poderia deixar de perder.
Sharapova, como São Jorge, continuava sua peleja contra o dragão.
O futebol, vá lá, começou.
De vez em quando, minha visão da bela era atrapalhada pelo quadradinho no cantinho da tela com imagens da pelada madrilenha.
Se ainda fosse a pelada russa.
O duelo não acaba e o louco locutor nos manda passar pro ESPN Internacional. Sharapova continuaria jogando por lá. Ali seria exibido o jogão para turistas peruanos e equatorianos em visita a Corruptolândia.
Corri para ver Sharapova no outro canal. Vi dois palhaços de raquete na mão.
Emputeci-me e zapeei.
Quando passei pela ESPN Brasil de novo, vi o final do jogo de Sharapova.
A emissora interrompera o jogo da divina para transmitir 10 minutos do final do primeiro tempo do inebriante futebol de várzea jogado por nossos vizinhos de continente.
Nesse intervalo de tempo, Sharapova cravou a lança no coração do dragão.

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