quinta-feira, setembro 22, 2005

O jegue mamador

Severino viveu 40 anos à sombra.
Ali, mamava leite bom, cremoso.
Quietinho, só morto teria deixado a suculenta teta.
Quis vir à luz.
Comer louras coxudas às claras.
Mostrar pros conterrâneos a vitória do jumento.
O jegue volta às trevas.
Mas acumulou muito leite nessas quatro décadas.
E, quem sabe, volta pra mamar mais um pouquinho nas próximas eleições.

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